Gestão responsável de matérias-primas minerais estratégicas
1) Novas formas de perspetivar a gestão e usufruto dos recursos primários e secundários considerando a necessidade crescente de matérias-primas minerais.
2) Análise cuidada, numericamente suportada, das várias dimensões associadas à gestão dos recursos de matérias-primas minerais estratégicas.
3) Discussão integrada dos critérios a usar na fundamentação de decisões políticas e visões estratégicas de desenvolvimento, com impacto económico acrescido, sem negligenciar fatores ambientais e sociais.
4) Fatores determinantes ao aumento da responsabilidade (individual e colectiva) sobre a gestão dos fluxos de matéria-prima na economia.
Profissionais com diferentes formações base exercendo a sua atividade em empresas de prospeção ou exploração mineral, bem como em diferentes setores da administração pública (nacional, regional e local) com responsabilidades na gestão de recursos naturais (minerais em particular) ou na gestão de recursos de matéria-prima.
Profissionais diretamente envolvidos na gestão e ordenamento do território ou interessados em práticas de conciliação entre as atividades industriais e os impactos ambientais.
Todos os interessados na promoção de políticas integradas de desenvolvimento que procuram responder às questões seguintes: Qual a importância estratégica dos recursos minerais nos programas de descarbonização e desenvolvimento tecnológico futuro ? Como conciliar as necessidades de provimento com os objetivos do desenvolvimento sustentável? Como promover subidas nas cadeias de valor ? Como salvaguardar as equidades intra- e intergeracionais no acesso aos recursos naturais, incluindo os de natureza mineral ?
Oferta/produção e procura de matéria-prima mineral: os grandes desafios do presente e do futuro. Análise de tendências; casos de estudo e resolução de exercícios. Desafios e oportunidades em prospecção e exploração mineral no século XXI.
Disponibilidade futura dos recursos minerais. Modelações numéricas com base em dados históricos de produção, atendendo a diferentes modelos de crescimento. Taxas de esgotamento; vantagens da sua estimativa. Aplicações a diferentes “commodities” minerais.
Simuladores de modelos de financiamento e de ciclo de vida de um projecto mineiro; fluxos de caixa; resolução de exercícios.
Indústria mineira: factor de desenvolvimento económico e social. A percepção pública da mineração; do desconhecimento e desconfiança ao reconhecimento da sua imprescindibilidade e correspondente aceitação. A actividade mineira no quadro da Sustentabilidade da Civilização Humana.
Prospecção e pesquisa mineral em geral e nos países com economias emergentes. Exemplos.Criticalidade; do conceito à prática; exercícios exemplificativos. Conceito: a criticalidade como risco sistémico. Metodologias: das matrizes de risco às vulnerabilidades dos sectores económicos face a possíveis disrupções de abastecimento de matérias-primas minerais; fragilidades das metodologias existentes. Perspectivas de aprofundamento futuro: na vertente “económica” [(i) a hegemonia de produção e abastecimento de conjuntos de matérias-primas; (ii) a interdependência dos ciclos de produção (sub- e co-produtos); (iii) custos energéticos com a exploração de recursos de menor qualidade e/ou menor teor e/ou maior profundidade]; na vertente “prospectiva” [das análises estáticas vrs dinâmicas; resultados da prospecção e pesquisa mineral]; enriquecimentos inerentes às dimensões sociais e ambientais. Os modelos europeu e norte-americano; analogias e diferenças.
Impostos, taxas e “royalties” na indústria mineira; condicionamentos impostos à actividade extractiva. Exercícios numéricos exemplificativos do impacte associado a políticas fiscais que não reconhecem a especificidade do sector mineiro. Incentivos fiscais e políticas de contra-ciclo; vantagens e implicações numa fileira industrial tipicamente inelástica. Taxas efectivas de impostos. Rendas ricardiana e de Hotelling (escassez).
Salvaguarda de acesso aos recursos minerais. Recursos minerais de importância pública. Densificação de critérios e respectiva agregação. Metodologias multi-dimensionais de avaliação. Processamento de dados e produção de mapas com interesse na gestão e no planeamento do território.
Ciclos de vida, Cadeias de Valor da matéria-prima e Cadeias Produtivas de Base Mineral. Da prospecção à análise prévia de viabilidade; recursos e reservas. Avaliação preliminar de áreas (alvos) com potencial económico; principais riscos técnicos associados ao projecto. Análise de viabilidade; técnicas padronizadas de avaliação. Avaliação do recurso mineral e de reservas; tonelagem e continuidade espacial de teores; espaçamentos entre sondagens e qualidade dos dados analíticos; medidas de incerteza relativa; exemplos de aplicação. Factores modificadores. Classificações normalizadas. Códigos (internacionais) de relato de resultados de prospecção e avaliação de recursos e reservas; fundamentos e principais vantagens e desvantagens. Ciclo de vida de um projecto mineiro.
Mapeamentos e indicadores de (e para a) Sustentabilidade. Construção de indicadores numéricos e respectiva interpretação; aplicação à industria extractiva. Exemplos base alicerçados em visões complementares/alternativas dos problemas; conjuntos de indicadores e respectiva articulação. Desafios actuais e futuros em prospecção e pesquisa mineral impostos pela teoria do limite de crescimento e o paradigma da sustentabilidade.
Análise de fluxos materiais e sua representação; importância. O ciclo de vida da matéria-prima mineral e o paradigma da economia circular. Conceito(s) de Economia Circular e modelos de negócio associados. Barreiras, limites e desafios colocados à implementação dos modelos de economia circular; papel das matérias-primas minerais. Cadeia Produtiva de Base Mineral e sua relação com os fluxos materiais; os contributos da reutilização, reciclagem e substituição. Fluxos materiais antropogénicos; tempos de residência e implicações. Casos de estudo e modelos conceptuais aplicados à UE e a Portugal. Potencial Mineiro e portfólio de projectos promissores. Principais indicadores e linhas de orientação para o futuro; como monitorizar a evolução? Resolução de exercícios.
Dar-se-á preferência a metodologias de avaliação contínua (formativa) recorrendo à resolução de exercícios numéricos e interpretação de resultados, para além de um pequeno ensaio sobre uma questão aberta.
5 horas por semana repartidas por dois blocos de 2,5 horas cada das 18:30 às 21:00, às 3ªs e 4ªs feiras, durante 7 semanas com interrupção no Natal (15 a 31 Dezembro)
Candidatura: 0€
Taxa de inscrição (em caso de candidatura ser aceite – inclui seguro escolar): 5€
Propina:100€
Condições especiais
Descontos sobre o valor da propina de:
10% – Empresas não parceiras que inscrevam 3 ou mais colaboradores
15% – Parceiros e colaboradores (incl. associações e empresas em que Ciências participa)
25% – Alunos e ALUMNI